quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

AVANÇA A CRISE DO IMPERIALISMO NO ORIENTE MÉDIO E NO MUNDO * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

 AVANÇA A CRISE DO IMPERIALISMO NO ORIENTE MÉDIO E NO MUNDO

Texto: Roberto Bergoci/SP
Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB


*A crise do colonialismo imperialista

O aprofundamento da limpeza étnica, traduzida em genocídio, cometida pelo Estado sionista de Israel se radicaliza. Desde o dia 08 de outubro as forças militares sionistas tem atacado indiscriminadamente a Faixa de Gaza tendo como alvo principais hospitais e a infraestrutura da região. Bombardeios intensos atingiram covardemente comboios de palestinos que se deslocavam de suas regiões sob ordens dos próprios militares israelenses. Num dos ataques mais criminosos e repugnantes, as forças militares do sionismo atingiram um hospital batista, matando mais de 500 pessoas, grande quantidade de mulheres, crianças e idosos.

Até o momento, segundo dados da ONU, quase 10 mil palestinos já foram brutalmente assassinados pelas bombas de Israel, destes, mais da metade estão entre mulheres e crianças. Tal fato, se somarmos as mulheres grávidas que não terão condições de terem um parto seguro e minimamente viável, além do bloqueio que o governo fascista israelense impôs em relação a ítens básicos de caráter humanitário como comida, água, medicamentos e insumos hospitalares; combustível, internet, etc., significa uma forma de ampliação do genocídio sistemático cometido por Israel, que impossibilita de forma deliberada as condições de reprodução do povo palestino, expressão macabra de mais um novo episódio da limpeza étnica que se mistura ao genocídio de um povo. Dessa forma, os sionistas calculam ocupar por completo a Faixa de Gaza e ampliar seu domínio sobre o que resta de território palestino, uma necessidade imperiosa para o caráter da colonização expansionista do sionismo.

*Esmagar o sionismo na Palestina, no oriente médio e no mundo!

A imprensa mercenária mundial da burguesia são mais do que cúmplices dessa barbárie; na verdade, a grande mídia capitalista é um agente direto da política colonialista e genocida de Israel e dos Estados Unidos. O papel cumprido pelos escribas de aluguel da burguesia, é de promoverem e acentuarem a propaganda de guerra, promover um clima psicológico adequado a ofensiva destrutiva do sionismo com as bençãos do imperialismo ianque e demais países imperialistas europeus. A imprensa burguesa é o elemento por excelência da guerra psicológica e agentes diretos da barbárie.

*Fortalecer a ofensiva internacional dos povos contra Israel e o imperialismo estadunidense!

O ataque que o Hamas levou adiante dentro das próprias fortalezas da pátria sionista, foi um dos mais ousados atos cometidos pela resistência palestina desde 1948. Tal iniciativa da resistência palestina provocou uma grave crise, não só no interior do governo fascista de Benjamín Netanyahu, mas também internacionalmente, promovendo um abalo em toda a geopolítica mundial.

A questão Palestina, tão desprezada nos últimos anos voltou à tona. O regime do Apartheid israelense passa pela mais grave crise em sua história e Israel encontra-se completamente desmoralizado e desmascarado internacionalmente. Organismos do imperialismo como a ONU, entraram em completa falência e as burguesias europeias, estadunidense e árabes, estão sendo pressionadas por seus povos a romperem relações econômicas e diplomáticas com Israel.

*Fortalecer a resistência Militar e civil contra o terrorismo de Israel!

Grandes mobilizações tomam conta da Europa, Estados Unidos e Ásia Ocidental. Na América latina, os povos também começam a sair às ruas contra a barbárie sionista e exigem de seus governos, o total rompimento com Israel.

A resistência palestina impôs dessa forma, duro revés não somente a Israel, mas também ao imperialismo, que enfrenta fortes mobilizações no interior da pátria ianque. A conjugação do avanço da crise geral do capitalismo mundial, do genocídio cometido por Israel e sua consequente desmoralização mundial, somado ao crescimento da mobilização popular, pode significar profundos abalos na geopolítica imperialista, que está neste momento, sofrendo humilhante derrota na Ucrânia. Estamos na iminência do recrudescimento geral das lutas dos povos em todo o mundo.

*Viva a resistência militar palestina!

Nestas condições, é preciso o fortalecimento de vanguardas revolucionárias que saibam se inserir no movimento de massas e canalizá-los para a via da revolução socialista, que destrua o Estado burguês e implemente as bases de uma economia planificada internacionalmente.

A resistência heróica do povo palestino é hoje, a grande expressão e maior epicentro da luta mundial da classe operária e das massas populares contra o imperialismo e o capitalismo em crise estrutural. Uma derrota contundente dos genocidas sionistas será um duro golpe nono imperialismo. Portanto, defender a resistência palestina, armada e civil/popular, é defender a luta mundial contra o imperialismo e o regime capitalista mundial.

Para tanto, é solidariedade militante ao Hamas e as demais forças da resistência palestina que combatem o Estado sionista. É preciso unificar as forças dos grupos armados árabes, sobretudo o Hezbollah, Hamas, etc., contra as forças militares covardes do sionismo; também, é necessário a combinação de um levante generalizado dos povos árabes, junto de uma forte mobilização dos trabalhadores em todo o mundo, contra o Estado fascista e genocida de Israel.

No Brasil, crescem os atos de rua em apoio ao povo palestino. Mas é preciso que seja articulado em nosso país, uma forte campanha militante e de massas contra Israel. É necessário a coordenação de um tal movimento em âmbito nacional.

Exigimos da parte do presidente Lula a completa ruptura econômica e diplomática com Israel e que seu embaixador e consulares sejam expulsos do Brasil.

*Solidariedade militante ao Hamas e demais grupos da resistência!

Também defendemos o imediato cessar fogo por parte de Israel, sabendo que não basta para a resolução dos interesses imediatos e históricos do povo palestino, pilhados e assassinados de forma contínua desde a criação artificial do Estado sionista e racista colonial. Dessa forma, defendemos a retomada de um Estado palestino laico e democrático, com total restauração das fronteiras e direito efetivo do povo originário às suas terras no espaço geográfico anterior a 1948. As demandas históricas do povo palestino somente podem vir a luz e tornar-se realidade concreta, com o fim do Estado supremacista, colonial, racista e de Apartheid, que é Israel, sustentado pelo imperialismo estadunidense e europeu, por se tratar de um enclave geopolítico na região estratégica, devido suas fontes energéticas e localização geográfica.

*Abaixo o Estado fascista e genocida de Israel!

A proposta sionista-imperialista dos dois Estados definitivamente ruiu desde o fracassado Acordo de Oslo. O progressivo avanço dos assentamentos judaicos na região da Cisjordânia, o recrudescimento da política racista e supremacista oficial por parte de Israel, são exemplos do caráter expansionista do próprio modo capitalista de ser e estrutura do Estado sionista. Somente a luta dos trabalhadores do mundo e dos povos árabes em particular, podem impor uma derrota histórica e inviabilizar o projeto imperialista que é o sionismo.

Por uma campanha mundial de solidariedade dos povos em defesa do povo palestino!

quarta-feira, 29 de outubro de 2025

NARCO/ESTADO/IMPERIALISMO * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

NARCO/ESTADO/IMPERIALISMO
UM DIÁLOGO ENTRE CAMARADAS:

CAMARADA 1 

- Seria o momento de abordar o narco como instrumento do imperialismo. O desgaste que um ataque desse tipo, coordenado em várias cidades de um Estado como o Rio de Janeiro, tomando toda a região metropolitana, com milhões de habitantes, paralisando toda atividade econômica, é exatamente o tipo de evento que interessa às figuras tipo Trump para decretar intervenção militar estrangeira, a título de que o governo local não tem condições para combater o narcotráfico. Ou seja, a acusação de terrorismo que antes era a ferramenta para justificar essas intervenções, agora é um simples "sacode " do crime organizado contra uma população indefesa exposta a todo tipo de violência, desde a inoperância do governo de plantão até a inexistência de articulação das forças militares institucionais.

CAMARADA 2 

- Olha, camarada. Esse fortalecimento dos "exércitos" de lumpens desclassados, tem se dado em todo o Brasil praticamente. São Paulo, o centro burguês do Brasil, também está sendo tomado pelo crime.

O narcotráfico e os ganhos com as drogas de tipo mafioso, tem sido uma forma alternativa de acumulação capitalista num contexto marcado pela queda das taxas de lucros na economia real, devido ao que Marx caracterizou como avanço da composição orgânica do capital, ou seja, a sobreposição do trabalho morto sobre o vivo.

No outro lado da moeda estão os contingentes de jovens desempregados estruturalmente, expulsos do mercado formal de trabalho, viraram massas sobrantes na sociedade burguesa tardia, que não pode mais inserir produtivamente enormes quantidades de seres humanos. Esse "dejeto" humano-pela ótica do capital-é a mão de obra não qualificada desse crime "organizado" que cresce em todo o nosso continente, e são os soldados razos, buchas de canhão nessa guerra informal que atinge os centros urbanos nas grandes cidades de nossa América. Expressão clara, objetiva da decomposição mesmo da civilização burguesa.

O que fica claro, é que as políticas de militarização exacerbada e encarceramento sistemático das massas empobrecidas, faliram inapelavelmente. O narcotráfico é um dos grandes negócios no mundo business e fonte de ganhos bilionários no capitalismo em crise estrutural. Portanto, na fase de decomposição geral da civilização burguesa, o mundo do crime é algo que se confunde com a forma de ser da sociedade do capital.

Material e espiritualmente, o narcótico tornou-se algo
que não mais pode ser superado dentro do capitalismo.

Sobre o tema, sugiro os livros:
"Los Narcos Gringos", de Jesus Esquivel;
"As Delícias do Crime ", de Ernest Mandel;
"O Terrorismo de Estado na Colômbia", de Hernando Calvo Ospina
*

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

NOTA DE REPÚDIO AO SIONISMO * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

NOTA DE REPÚDIO AO SIONISMO

NÓS, militantes, círculos, simpatizantes e amigos da Frente Revolucionária dos Trabalhadores/FRT e do Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB, vimos a público conclamar todos os patriotas, antiimperialistas e antifascistas a levantarem suas vozes em defesa da PÁTRIA PALESTINA e contra o sionismo e seus genocídios.

Precisamos derrotar em todos os campos toda a política implementada sob a égide do imperialismo, como o sionismo, o nazifascismo, o terrorismo, o lawfere, e o golpismo a serviço do sistema financeiro internacional beligerante.

Não aceitamos que fundamentalismos e extremismos venham contaminar a vida social brasileira, em nenhum aspecto. Não podemos nos omitir ante a censura, o cerceamento à liberdade intelectual, os ataques à cultura em todos os seus aspectos, e o vilipêndio ao seu exercício pela insidiosa insânia sionista, vinda lá dos confins do ostracismo.

Jamais deixaremos que a omissão cubra o brilho da liberdade com o seu manto ensanguentado da covardia. Por isso, não aceitamos a atitude do governo brasileiro perante o genocídio israelense contra o povo palestino, que sempre se sai com seus comentariosinhos lacônicos, mas sem nenhuma ação efetiva e necessária, como romper relações com essa excrecência chamada "israel". Essa atitude, inclusive, funciona como uma espécie de apoio "tácito" pró-sionismo.

Não aceitamos também e denunciamos, viementemente, as atitudes irresponsáveis desse governo diante das perseguições sionistas a cidadãos brasileiros, cuja lista vem crescendo a cada dia. Some-se a ela nossos companheiros ativistas militantes, entre os quais se encontra o bravo André Constantine, os não menos Breno Altman e Ruy Costa Pimenta, todos com seus direitos cidadãos cuspidos pelos órgão públicos jurídicos brasileiros a serviço do sionismo.

Por isso e por tudo que o sionismo representa de negatividade na vida humana e brasileira, empenhamos nossa palavra e nossa militância na denúncia de todos os seus estragos, ocorram aonde quer que seja. Outrossim, propomos às entidades da advocacia que busquem mecanismos para excluir de nosso meio entidades da natureza da CONIB, promotoras de ódio e nazissionismo.

CONCLUINDO, 

nos somamos à defesa da PÁTRIA PALESTINA, SOBERANA E LIVRE DO RIO AO MAR!!

NOSSA SOLIDARIEDADE ÀS VÍTIMAS DO SIONISMO NO MUNDO E NO BRASIL!

ROMPIMENTO DE RELAÇÃOES BRASIL/ISRAEL JÁ!

PENA DE MORTE AOS PERPETRADORES DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE!

EXIGIMOS QUE O ESTADO BRASILEIRO DEFENDA SEUS CIDADÃOS DE QUAISQUER IGNOMÍNIAS PSEUDO-IDEOLÓGICAS!
MAIS REPÚDIO AO SIONISMO

***

domingo, 21 de setembro de 2025

ANTÍDOTOS AO COLONIALISMO CULTURAL * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

ANTÍDOTOS AO COLONIALISMO CULTURAL

A pequena lista de livros abaixo sugerida, não é mais que um resumo muito sumário e limitado, da vasta contribuição do pensamento social brasileiro que versou desde os tempos, sobre a condição de nosso país, de nossa formação histórica, etc.  Em suma, sobre as tentativas e esforços construídos ao longo de nossa história, sobre o caráter do que é o Brasil, para nos entendermos quem somos. 

 É importante retomar sistematicamente os estudos e pesquisas sobre nossos grandes autores, desde os mais conhecidos do grande público e da academia, até e,  sobretudo, os pensadores que foram propositalmente apagados, borrados pela universidade colonizada brasileira. 

 Suas contribuições precisam ser reabilitadas e resgatadas nestes tempos de domínio da indústria ideológica, como diria o mestre venezuelano Ludovico Silva, pois tal  é um antídoto e uma forma de resistência, para fazer frente a verdadeira monstruosidade  avassaladora do domínio cultural e ideológico franco-estadunidense que tem tomado conta do Brasil desde as últimas três ou quatro  décadas, contando com a cumplicidade da chamada "nova esquerda" de matriz universitária, dominante hoje em nosso país. 

 Nestes tempos de obscuridade irracionalista, de ataque e assalto a Razão,  é vital conhecermos a fundo sobre nossa identidade e formação mesmo, enquanto povo mestiço. 

 Atualmente vemos avançar nos meios universitários pequenos-burgueses, a chamada "escola" " decolonial", importada diretamente dos setores políticos e acadêmicos franceses e/ou estadunidenses. 

 Tais "escolas" nada têm a ver com o pensamento original do grande mestre Enrique Dussel, por exemplo, que pensava seriamente nossa condição comum, entre os povos americanos do Sul e Caribe, de dominados pela civilização capitalista ocidental desde o mercantilismo burguês. 

Como demonstrou Dussel, a colonização mercantilista e o seu produto inerente que foi o escravismo colonial, foram acontecimentos históricos e produtos diretos da civilização burguesa que se desenvolvia no bojo da decadência do feudalismo e da Idade Média europeia. Portanto, a questão do racismo, da opressão patriarcal, etc., que persistem até nossos dias de formas variadas, e que tem sido certeiramente denunciadas pelas "escolas" em questão, são produtos por excelência da civilização capitalista histórica, não puramente da "colonialidade", como dizem os acadêmicos "decoloniais".

  A avalanche histórica que arrastou para uma outra forma de existência hostil os povos originários de Nossa América, é a mesma que trouxe cativos para nossas terras como força de trabalho escrava e carvão humano, os africanos. No comando e a frente disso, os europeus portugueses, em nosso caso.
  O resultado disso tudo, para além da exploração e opressão selvagens que foram submetidas aos povos indígenas e africanos; dos crimes abomináveis e pavorosos cometidos pelos europeus incontavelmente contra essa massa brutalizada e desumanizada. 

 Para além disso e de forma contraditória, também temos a riquíssima experiência que foi e é, a formação histórica miscigenado do povo brasileiro, num processo riquíssimo de desenvolvimento histórico, social e cultural. 

 Deixamos humildemente e, novamente , de forma muito sumária, a sugestão de alguns autores fundamentais que pensaram nossa formação e existência, cujo as contribuições são mesmo indispensáveis para se pensar quem somos e para onde vamos.

AUTORES IMPRESCINDÍVEIS

Euclides da Cunha
José de Alencar
Manoel Bonfim
Clóvis Moura
Caio Prado
Antonio Risério
Florestan Fernandes
Álvaro Vieira Pinto
Guerreiro Ramos
Nelson Werneck Sodré
Alberto Torres
Cruz Costa
Ariano Suassuna
Glauber Rocha
Heitor Villa Lobos
Guimarães Rosa
Érico Veríssimo
Graciliano Ramos
José Lins do Rego
Jorge Amado
Lima Barreto
José Ramos Tinhorão
Edson Carneiro
Roger Bastide
Silvio Romero
Luiz da Câmara Cascudo
Oliveira Lima
Raimundo Nina Rodrigues
Artur Ramos
Darcy Ribeiro
Gilberto Freire
Julia Falivene Alves

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

TRUMP TENTA MAS NÃO CONSEGUE INTIMIDAR VENEZUELA * PARTIDO COMUNISTA DOS TRABALHADORES BRASILEIROS/PCTB

TRUMP TENTA MAS NÃO CONSEGUE INTIMIDAR VENEZUELA
-MARINES NO CARIBE-

(EM PORTUGUÊS)
Todo apoio ao presidente Nicolas Maduro e ao povo trabalhador da Venezuela: por uma Frente Latino-americana antiimperialista e revolucionária!

A Frente Revolucionária dos Trabalhadores repudia vivamente, as ameaças e chantagens do gângster e gerente da vez do imperialismo ianque, Donald Trump, contra o presidente venezuelano Nicolás Maduro.

O fanfarrão facistóide fez grande alarde midiático oferecendo 50 milhões de dólares a quem entregar a cabeça de Maduro para os abutres imperiais. A jogada é velha e faz parte dos métodos mafiosos da CIA, que tentam fomentar, através dos seus dólares, uma situação de conspiração e traição contra o governo alvo de sua sanha golpista e assassina.

Pretendem os funcionários do imperialismo e seus comparsas, estimular a traição no círculo próximo de Maduro, ou mesmo no interior do alto comando da Força Armada bolivariana. Esse é um método conhecido amarga e tragicamente por nossos povos, utilizado sobretudo, durante todo o século passado até nossos dias, quando os serviços secretos do imperialismo, em primeiro lugar a CIA, subornou e suborna em nosso continente, o generalato latinoamericano, as elites políticas, midiáticas, religiosas, etc., para golpear governos nacionalistas e populares que resistem aos propósitos neocoloniais imperialistas contra nossos países.

O sistema de dominação imperialista liderado pelos Estados Unidos, há mais de vinte anos labutam pela derrubada do governo chavista na Venezuela. Pretendem se apossar das gigantescas reservas energéticas e recursos naturais do país, e impor uma forma de dominação e extração da mais-valia, de tipo neoescravista contra os trabalhadores venezuelanos. Em crise profunda, o imperialismo acirra sua ofensiva contra os povos; as forças do capital financeiro e bélico arquitetam uma agenda de pilhagens e espoliação muito mais agressiva contra os países dependentes; em especial contra a China, Rússia, Irã e os BRICS.

Não à toa, que Trump fez grande alarde ao autorizar de forma supostamente "secreta", a utilização de força militar ianque, contra os cartéis do narcotráfico em nossa região. Na verdade, como a história do imperialismo tem mostrado, isso não passa de um subterfúgio tácito visando dar cobertura e justificativa a agressão imperialista direta contra nossos povos para saquear nossas riquezas e incrementar a dominação neocolonial em "seu" autodeclarado "quintal". É a nova versão da infame doutrina Monroe. Só que, enquanto a original foi a justificativa ideológica e propagandista para o expansionismo imperialista em sua juventude; a atual é manobrada para salvar da decadência um império senil, portanto muito mais agressivo e perigoso para a humanidade.

A interferência contra o Brasil, Cuba, América Central e o conjunto do nosso continente; a guerra imperialista por procuração contra a Rússia na Ucrânia; as tensões que crescem no Leste Europeu, no Oriente Médio e no entorno da China e em sua zona de influência asiática; o genocídio sionista/imperialista praticado contra o povo palestino; a perseguição xenófobica contra os imigrantes e o verdadeiro Estado de exceção militarizado que se agiganta no interior dos Estados Unidos, são todas, expressões da ofensiva imperialista para manter sua hegemonia e tentar dar um "salto para frente", reconfigurando todo o espectro do capitalismo mundial em favor do grande capital financeiro e belicista, setores dominantes entre as frações da burguesia imperialista.

Em tais condições, é imprescindível que as forças populares e os povos trabalhadores do mundo se unifiquem, que articulem internacionalmente as forças de combate contra o imperialismo e as burguesias títeres de seus próprios países. O capitalismo mundial vive imerso em meio ao auge de uma crise geral gravíssima. Essa é uma crise de longa duração, pois está ligada ao esgotamento mesmo do padrão de reprodução do capital que ascendeu nos anos de 1970, no contexto do esgotamento do chamado "anos dourados" do capitalismo kaynesiano no pós segunda guerra.

Assim como um vampiro necessita de mais sangue dos vivos para manter sua vida parasitária, a burguesia em decadência estrutural precisa a todo custo, saquear, superexplorar, escravizar e pilhar os trabalhadores produtivos; espoliar e destruir o meio ambiente e expandir a guerra, para manter sua existência senil e doente.

Urge neste momento a rearticulação das forças revolucionárias do trabalho e dos povos internacionalmente, como única forma de barrar a barbárie dominante que toma conta da decadente e horrível sociedade burguesa. Em nosso continente em específico, precisamos fortalecer uma frente de lutas antiimperialista, que cubra de solidariedade e apoio militante à Venezuela e ao seu governo.

Fora o imperialismo da América Latina!
Todo apoio ao povo venezuelano!
Viva a resistência palestina e morte ao Estado nazi-sionista de "Israel"!
(EN ESPAÑOL)
Pleno apoyo al Presidente Nicolás Maduro y al pueblo trabajador de Venezuela: ¡Por un Frente Latinoamericano Antiimperialista y revolucionario!

El Frente Obrero Revolucionario repudia enérgicamente las amenazas y chantajes del gánster y actual administrador del imperialismo yanqui, Donald Trump, contra el presidente venezolano Nicolás Maduro.

El fanfarrón fascista causó un gran revuelo mediático al ofrecer 50 millones de dólares a quien entregue la cabeza de Maduro a los buitres imperialistas. La estratagema es antigua y forma parte de los métodos mafiosos de la CIA, que utiliza sus dólares para fomentar una situación de conspiración y traición contra el gobierno, blanco de su afán golpista y asesino.

Los funcionarios del imperialismo y sus compinches pretenden fomentar la traición dentro del círculo íntimo de Maduro, o incluso dentro del alto mando de las Fuerzas Armadas Bolivarianas. Este es un método amarga y trágicamente familiar para nuestros pueblos, utilizado sobre todo a lo largo del siglo pasado hasta hoy, cuando los servicios secretos del imperialismo, principalmente la CIA, sobornaron y continúan sobornando a generales, élites políticas, mediáticas y religiosas latinoamericanas, entre otros, en nuestro continente para derrocar gobiernos nacionalistas y populares que se resisten a los objetivos neocoloniales imperialistas contra nuestros países.

El sistema de dominación imperialista liderado por Estados Unidos lleva más de veinte años trabajando para derrocar al gobierno chavista en Venezuela. Pretenden apoderarse de las enormes reservas energéticas y recursos naturales del país e imponer una forma neoesclavista de dominación y extracción de plusvalía a los trabajadores venezolanos. En una profunda crisis, el imperialismo intensifica su ofensiva contra el pueblo; las fuerzas del capital financiero y militar están elaborando una agenda de saqueo mucho más agresiva contra los países dependientes, especialmente China, Rusia, Irán y los BRICS.
No es de extrañar que Trump haya exagerado su supuesta autorización "secreta" del uso de la fuerza militar yanqui contra los cárteles de la droga en nuestra región. En realidad, como ha demostrado la historia del imperialismo, esto no es más que un subterfugio tácito destinado a encubrir y justificar la agresión imperialista directa contra nuestros pueblos, saquear nuestras riquezas e incrementar la dominación neocolonial en "su" autodeclarado "patio trasero". Es la nueva versión de la infame Doctrina Monroe. Sin embargo, mientras que la original fue la justificación ideológica y propagandística del expansionismo imperialista en sus inicios, la actual se utiliza para salvar de la decadencia a un imperio senil, y por lo tanto, mucho más agresivo y peligroso para la humanidad.

La injerencia contra Brasil, Cuba, Centroamérica y todo nuestro continente; la guerra de poder imperialista contra Rusia en Ucrania; las tensiones crecientes en Europa del Este, Medio Oriente y alrededor de China y su esfera de influencia asiática; el genocidio sionista/imperialista perpetrado contra el pueblo palestino; la persecución xenófoba de los inmigrantes; y el verdadero estado de excepción militarizado que se cierne sobre los Estados Unidos son todas expresiones de la ofensiva imperialista para mantener su hegemonía e intentar un "salto adelante", reconfigurando todo el espectro del capitalismo global a favor de las grandes finanzas y el capital belicista, los sectores dominantes entre las facciones de la burguesía imperialista.

En tales condiciones, es esencial que las fuerzas populares y los trabajadores del mundo se unan, que coordinen sus fuerzas internacionalmente para luchar contra el imperialismo y las burguesías títeres de sus propios países. El capitalismo global se encuentra actualmente inmerso en una grave crisis general. Se trata de una crisis de largo plazo, ya que está vinculada al agotamiento mismo del patrón de reproducción del capital que surgió en la década de 1970, en el contexto del agotamiento de los llamados "años dorados" del capitalismo kaynesiano tras la Segunda Guerra Mundial.

Así como un vampiro necesita más sangre de los vivos para mantener su vida parasitaria, la burguesía en decadencia estructural necesita a toda costa saquear, superexplotar, esclavizar y pillajear a los trabajadores productivos; saquear y destruir el medio ambiente y expandir la guerra, para mantener su existencia senil y enferma.

Es urgente en este momento reorganizar las fuerzas revolucionarias del trabajo y el pueblo a nivel internacional, como única manera de detener la barbarie imperante que se ha apoderado de nuestra decadente y horrorosa sociedad burguesa. Específicamente, en nuestro continente, necesitamos fortalecer un frente antiimperialista que abrace la solidaridad y el apoyo militante a Venezuela y su gobierno.

¡Fuera el imperialismo de América Latina!
¡Todo el apoyo al pueblo venezolano!
¡Viva la resistencia palestina y la muerte del Estado nazi-sionista de "Israel"!
*
EXÉRCITO VENEZUELANO ENTRA EM PRONTIDÃO
FRENTE REVOLUCIONÁRIA DOS TRABALHADORES
FRT
PARTIDO COMUNISTA DOS TRABALHADORES BRASILEIROS
PCTB
*

terça-feira, 18 de março de 2025

NOTAS SOBRE IMPERIALISMO * Roberto Bergoci/SP

NOTAS SOBRE IMPERIALISMO
Roberto Bergoci.SP

Olha, camarada, o bloco imperialista parece relativamente cindido. Veja a postura crítica, até desafiante do imperialismo europeu em relação a Trump, na questão da Ucrânia. Veja também, o avanço das contradições e do belicismo no mundo capitalista, no contexto das taxações de Trump. O desenrolar da crise capitalista mundial, as tentativas de reestruturação do imperialismo ianque, etc., podem estar abrindo certas fendas entre nossos inimigos, do qual os trabalhadores do mundo e os povos oprimidos podem e devem tirar proveito.

Não temos uma situação revolucionária ainda no mundo. Pelo contrário, permanecemos dentro de um período contra-revolucionário aberto com o fim da União Soviética. No entanto, o bloco imperialista formado desde então para re-dividir o mundo, parece estar se fissurando. Devemos tirar proveito disso. A vitória russa na guerra da Ucrânia representou duríssimo golpe no imperialismo mundial; assim como a resistência palestina armada. É hora de se reestruturar as forças do trabalho internacionalmente. É preciso reconstruir o movimento comunista internacional e estreitar também em nível mundial, as lutas antiimperialistas em andamento.

A crise do sistema de dominação imperialista é aberta e clara. O avançar da luta antiimperialista no mundo hoje, colocaria a burguesia de todos os países numa situação de muitas dificuldades, sobretudo porque o capitalismo atual possui pouquíssimas e limitadas margens para manobrar.

A tarefa mais importante de nossa época é fortalecer partidos e organizações comunistas revolucionárias nos países. Essa é uma condição de primeira importância.

Também, é necessário trabalharmos para organizar fóruns internacionais dos trabalhadores e dos povos oprimidos, que possibilitem internacionalizar as lutas sociais e antiimperialista.

No Brasil precisamos fortalecer uma frente da esquerda revolucionária, que pode começar pequena e débil, porém pode crescer e fortalecer-se através de um programa sério e consciente, de uma bússola para atuar e sobretudo, se romper com o sectarismo infantil.

UM PARÊNTESE

Uma experiência pessoal recente, sobre essa questão:
Na última sexta feira 14 de março, minha sogra faleceu por complicações relacionadas a um AVC e uma parada cardíaca em um hospital municipal em Guarulhos, grande São Paulo. Ela havia dado entrada no mesmo hospital no dia anterior pela manhã, com dores abdominais.

Após passar por procedimento médico e exames sanguíneos e raio-x, foi constatado um problema relacionado aos rins. A médica que a atendeu, por precaução, decidiu pela internação e medicação. No entanto, no hospital (principal hospital público de Guarulhos) não havia leito disponível e a idosa de 70 anos teve de aguardar pela madrugada de quinta feira adentro, o aparecimento de um leito para seus cuidados.

De nada adiantou as cobranças duras que fizemos, pois o problema é estrutural: o sistema está sub financiado; as instalações e mesmo a estrutura hospitalar como um todo, conforme podemos ver de perto, completamente sucateadas, faltando inclusive insumos básicos para atendimento, como aventais, etc., para os pacientes.

O hospital se encontrava lotado, a demanda por atendimento estava crescendo, enquanto o número de funcionários era muito reduzido no local. Uma situação absolutamente caótica e traumática mesmo.

Após conseguir um leito precário já pela manhã da sexta feira dia 14, minha sogra teve complicações, que acredito serem devido ao problema renal e teve dificuldades em urinar. Neste instante, a médica que a atendia prescreveu o uso de uma sonda, para fazer uma drenagem no local. Neste momento, podemos ver o despreparo assustador de parte dos trabalhadores da enfermagem, que não conseguiam realizar o procedimento.

 Talvez seja despreparo, porém o mais certo seria caracterizar a condição, como sobrecarregados devido à dialética macabra entre quadro reduzidíssimo de funcionários e uma demanda assustadora de doentes buscando uma salvação.

O resultado foi que neste quadro precário de atendimento, entre idas e vindas e sem uma atenção necessária, minha sogra sofreu um AVC, seguido por uma parada cardíaca, vindo a óbito em seguida, no mesmo dia 14 de março último; um dia após ter dado entrada no hospital de urgência lúcida e com dor abdominal que já estava sob controle.

No entanto, fato marcante, foram as inúmeras cenas de barbárie e de desumanidade assustadoras da qual presenciei pessoalmente dentro de um hospital municipal tradicional em Guarulhos, terceiro município mais rico do estado de São Paulo e com um PIB considerável, entre os maiores das cidades latinoamericanas. Se isso acontece num município de grande porte industrial e rico, como Guarulhos, imaginem a situação nas pequenas regiões afastadas dos grandes centros, neste país.

A nova fase do capitalismo em decomposição, é pôr em prática de forma selvagem o malthusianismo e darwinismo social sem piedade. É deixar morrer à míngua as parcelas mais empobrecidas das classes trabalhadoras que não podem ser nem mais exploradas pelo capital, pois pela ótica deste regime social criminoso, tornaram-se seres supérfluos dentro deste moinho de gastar gente, como diria o grande mestre Darcy Ribeiro.

Acima, relacionado a esta matéria, relato pessoal, sobre o falecimento de minha sogra num hospital municipal de Guarulhos. Penso ser também a experiência de milhões de brasileiros da classe operária neste país.

segunda-feira, 3 de março de 2025

PROGRESSISMO ATÉ QUANDO * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

PROGRESSISMO ATÉ QUANDO
Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros
PCTB

Muito se tem falado e não poucos camaradas e militantes honestos, acalentam sérias ilusões nos governos pequenos burgueses de esquerda, supostamente "reformistas", caracterizados por sociólogos e setores de imprensa como "progressistas". 

Desde fins dos anos 1990 e inícios dos 2000, a América Latina passava por profunda crise econômica e política que expressava o total esgotamento das política neoliberais que vinham desmontando os Estados nacionais, fazendo explodir desemprego , a miséria e desagregação do tecido social de diversos países do continente.

Venezuela, Argentina, Bolívia, Equador, entre outros, viviam processos de auge das lutas populares e que amedrontavam suas burguesias. No entanto, por carência de direções revolucionárias sólidas (com exceção da Venezuela) que possuissem influência de massas, e manejassem um programa sério de transformação revolucionária profunda nestes países, levou os partidos ou movimentos radicais pequenos burgueses ou reformistas, a direção e culminância desses processos.

Na Venezuela e Bolívia o teatro de luta foram mais avançados, inclusive o primeiro vivia uma situação revolucionária. Estes dois países conseguiram como resultado das lutas de seus povos, avançarem muito numa agenda de desenvolvimento político e social, com um claro caráter popular e democrático.

As lições do que ocorreram e ocorrem na Venezuela sobretudo, o aprendizado desse processo riquíssimo de luta popular e antiimperialista, é de grande valia para os trabalhadores e povos oprimidos do mundo inteiro. Portanto, claramente a Venezuela em particular, está distante, quanto às características de seu processo político e social sui generis, do conjunto da maior parte dos outros embates, que foram encabeçados pelos chamados "progressistas". 

O "progressismo" na América latina, tem sido uma espécie de tentativa de viabilizar uma saída de tipo "social democrata" para a crise profunda e, mesmo, esgotamento do capitalismo dependente. A reversão econômica primária exportadora que a divisão mundial do trabalho imperialista, legou a nossa região desde os anos 1980/90, no contexto da crise da dívida, Consenso de Washington e avanço do regime neoliberal de reprodução do capital no continente, agravou ainda mais nossa situação de dependência e o subdesenvolvimento de nossos países.

As crônicas transferências de valor e de riquezas de nossas pátrias às metrópoles imperialistas, com a consequente descapitalização de nossas economias, impediram e impedem as condições de desenvolvermos nossas forças produtivas próprias, dentro de um projeto regional de desenvolvimento. Isso agrava a vulnerabilidade das economias dependentes latinoamericanas, que, cada vez mais, necessitando de divisas para garantir as transferências de valor para os centros imperiais, necessitam recorrer e afirmar a cada passo, sua estrutura de economia exportadora, voltada para fora, hostil a sua própria gente.

E quanto mais as economias dependentes caem nessa arapuca, mais primarizam suas estruturas econômicas, aprofundando sua dependência diante do capital imperialista que encontra a sua frente, economias sem a menor possibilidade de lhe impor resistência e assim, o resultado é que a cada passo dessas economias fragilizadas, ativam os mecanismos de recrudescimento de sua própria sangria, da dependência e subdesenvolvimento acirrados.

Nesse processo histórico dialético, a experiência tem mostrado que enquanto persistir o modo de produção capitalista, não existe possibilidade de ruptura com essa teia, que tem aprisionado nossas economias.

A América Latina classista (nos referimos a América pós colombiana) surge no contexto de avanço do capitalismo mercantilista europeu e, desde então, passando pelo seu período colonial, independentista, até nossos dias, sempre foi condicionada pelas forças alienígenas em colaboração de suas oligarquias crioulas.

Desde o período após as guerras de intendência, nossos países fragmentados e balcanizados, passaram a estar submetidos às subsequentes divisões do trabalho no capitalismo mundial, que nos inseriu desde ai subalternamente, como economias dependentes, complementares dos interesses do grande capital e dos países imperialistas. Os períodos de desenvolvimento pelo qual passamos no contexto das políticas de substituição de importação em meados do século passado, na crise do entre guerras, que logo foram esterilizados pelo imperialismo e seus sócios menores das oligarquias indígenas, nos levaram àquilo que André Gunder Frank conceitualizou com muita precisão como "desenvolvimento do subdesenvolvimento".

Nos tornamos hoje economias primarizadas e rentistas, voltadas para exportação agromineral, energética e extrativista; somada a uma plataformalização da valorização parasitária do capital rentístico internacional.

As crônicas transferências de valor e de riquezas de nossas região, em direção aos grandes centros metropolitanos do capitalismo mundial permanecem como realidade em nossas pátrias. A superexploração do trabalho, o desemprego e subemprego crônicos, a pobreza, miséria e marginalidade assustadoras de nossa gente, fenômenos típicos do subdesenvolvimento, insistem em persistir e mesmo se agigantam em nossa época na América latina. A bomba de sucção implantada em nossos países pelas forças imperialistas em colaboração das burguesias crioulas, jamais foram desmontadas pelos chamados governos "progressistas".

E a própria estrutura do capitalismo dependente, não foram enfrentadas por estes governos, permanecendo nossos países presos aos grilhões da dominação imperialista em conluio com seus sócios internos, cúmplices na pilhagem da região e na exploração e opressão selvagem de nossos povos.

Não há possibilidades de significativos avanços sociais em nossos países, sem enfrentar as estruturas nocivas da dependência e do subdesenvolvimento. E mais: não existe possibilidade de enfrentar essas estruturas que amarram nossos países e nossos povos, sem enfrentar as oligarquias burguesas indígenas e o próprio sistema de dominação imperialista.

Portanto , para isso, é preciso um programa socialista e nacionalista/antiimperialista de transformações qualitativas e revolucionária de nossas sociedades, que mobilizem sob essa perspectiva, os povos trabalhadores de nossa América, coisa que jamais foi encarada e muito menos esboçada pelos governos "progressistas" de conciliação de classes, que não conseguiram nem mesmo garantir para as massas, a institucionalização de verdadeiras reformas de base.

Na verdade, ao não propor a mobilização popular no sentido de caminhar para uma política de enfrentamento revolucionário contra as burguesias titeres e o Imperialismo, esses governos frágeis na verdade retrocederam politicamente e embotaram o nível de consciência política de parte considerável dos trabalhadores. Assim, o que fizeram foi pavimentar o caminho para o crescimento em toda a região, de uma extrema direita com claros contornos neo fascistas.

Dessa forma, a realidade histórica nos admoesta que, para avançar diante do inimigo de classe, precisamos de uma política correta, de um programa que nos norteie, da clareza política, da consciência das massas e uma direção segura, que tenha um rumo certo.

As estruturas sociais monstruosas e nocivas que dominam nossos países, características do capitalismo dependente que nos domina a séculos, somente podem ser rompidas por um processo revolucionário, como tão bem nos ensina a revolução cubana e a experiência bolivariana iniciada pelo comandante Hugo Chávez em Venezuela, muito distante das limitações do chamado "progressismo".