ANTÍDOTOS AO COLONIALISMO CULTURAL
A pequena lista de livros abaixo sugerida, não é mais que um resumo muito sumário e limitado, da vasta contribuição do pensamento social brasileiro que versou desde os tempos, sobre a condição de nosso país, de nossa formação histórica, etc. Em suma, sobre as tentativas e esforços construídos ao longo de nossa história, sobre o caráter do que é o Brasil, para nos entendermos quem somos.
É importante retomar sistematicamente os estudos e pesquisas sobre nossos grandes autores, desde os mais conhecidos do grande público e da academia, até e, sobretudo, os pensadores que foram propositalmente apagados, borrados pela universidade colonizada brasileira.
Suas contribuições precisam ser reabilitadas e resgatadas nestes tempos de domínio da indústria ideológica, como diria o mestre venezuelano Ludovico Silva, pois tal é um antídoto e uma forma de resistência, para fazer frente a verdadeira monstruosidade avassaladora do domínio cultural e ideológico franco-estadunidense que tem tomado conta do Brasil desde as últimas três ou quatro décadas, contando com a cumplicidade da chamada "nova esquerda" de matriz universitária, dominante hoje em nosso país.
Nestes tempos de obscuridade irracionalista, de ataque e assalto a Razão, é vital conhecermos a fundo sobre nossa identidade e formação mesmo, enquanto povo mestiço.
Atualmente vemos avançar nos meios universitários pequenos-burgueses, a chamada "escola" " decolonial", importada diretamente dos setores políticos e acadêmicos franceses e/ou estadunidenses.
Tais "escolas" nada têm a ver com o pensamento original do grande mestre Enrique Dussel, por exemplo, que pensava seriamente nossa condição comum, entre os povos americanos do Sul e Caribe, de dominados pela civilização capitalista ocidental desde o mercantilismo burguês.
Como demonstrou Dussel, a colonização mercantilista e o seu produto inerente que foi o escravismo colonial, foram acontecimentos históricos e produtos diretos da civilização burguesa que se desenvolvia no bojo da decadência do feudalismo e da Idade Média europeia. Portanto, a questão do racismo, da opressão patriarcal, etc., que persistem até nossos dias de formas variadas, e que tem sido certeiramente denunciadas pelas "escolas" em questão, são produtos por excelência da civilização capitalista histórica, não puramente da "colonialidade", como dizem os acadêmicos "decoloniais".
A avalanche histórica que arrastou para uma outra forma de existência hostil os povos originários de Nossa América, é a mesma que trouxe cativos para nossas terras como força de trabalho escrava e carvão humano, os africanos. No comando e a frente disso, os europeus portugueses, em nosso caso.
O resultado disso tudo, para além da exploração e opressão selvagens que foram submetidas aos povos indígenas e africanos; dos crimes abomináveis e pavorosos cometidos pelos europeus incontavelmente contra essa massa brutalizada e desumanizada.
Para além disso e de forma contraditória, também temos a riquíssima experiência que foi e é, a formação histórica miscigenado do povo brasileiro, num processo riquíssimo de desenvolvimento histórico, social e cultural.
Deixamos humildemente e, novamente , de forma muito sumária, a sugestão de alguns autores fundamentais que pensaram nossa formação e existência, cujo as contribuições são mesmo indispensáveis para se pensar quem somos e para onde vamos.
AUTORES IMPRESCINDÍVEIS
Manoel Bonfim
Clóvis Moura
Caio Prado
Antonio Risério
Florestan Fernandes
Álvaro Vieira Pinto
Guerreiro Ramos
Nelson Werneck Sodré
Alberto Torres
Cruz Costa
Ariano Suassuna
Glauber Rocha
Heitor Villa Lobos
Guimarães Rosa
Érico Veríssimo
Graciliano Ramos
José Lins do Rego
Jorge Amado
Lima Barreto
José Ramos Tinhorão
Edson Carneiro
Roger Bastide
Silvio Romero
Luiz da Câmara Cascudo
Oliveira Lima
Raimundo Nina Rodrigues
Artur Ramos
Darcy Ribeiro
Gilberto Freire
Julia Falivene Alves
UMA CULTURA AMEAÇADA
GILBERTO FREIRE
JULIA FALIVENE ALVES
ANTONIO RISÉRIO
GILBERTO FREIRE
DARCY RIBEIRO
NELSON WERNECK SODRÉ
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