segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

106 ANOS DE FUNDAÇÃO DA 3ª INTERNACIONAL * Roberto Bergoci - SP

106 ANOS DE FUNDAÇÃO DA 3ª INTERNACIONAL

Roberto Bergoci - SP

106 ANOS DE FUNDAÇÃO DA 3ª INTERNACIONAL
No dia 24 de janeiro de 1919, o Comitê Central do Partido Comunista Russo (novo nome do Partido Bolchevique), junto das direções dos partidos comunistas de diversos países que estavam na Rússia Soviética, como Partido Socialista Operário norte- americano, Partido Comunista húngaro, polonês, alemão, letão, austríaco, finlandês e mais a Federação Socialista Balcânica, lançam um impactante chamado ao primeiro congresso da nova internacional revolucionária dos trabalhadores. Estava nascendo a III Internacional, ou Internacional Comunista. O chamado lançado pelos partidos comunistas, explicita a necessidade imperiosa de uma nova internacional, que correspondesse à nova etapa que adentrava a sociedade burguesa, marcada profundamente pela formação e acirramento dos monopólios e dos cartéis de grandes grupos capitalistas. Essa etapa da sociedade burguesa foi caracterizada de forma clássica por Vladimir I. Lenin, no livro Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, de 1917.


Após a completa degeneração da II Internacional e dos partidos socialdemocratas reformistas que a compunham, sobretudo o partido socialdemocrata alemão de Karl Kaustsky, que havia apoiado a Primeira Guerra Mundial imperialista, os revolucionários internacionalistas fortemente influenciados pela revolução russa de 1917, dirigida por Lenin e Trotsky, percebem a importância da criação de uma nova internacional, que combateria mundialmente o capitalismo de forma orgânica e centralizada.


Segundo o chamado de fundação da III Internacional:
“Os partidos e organizações abaixo-assinados consideram como uma necessidade imperiosa a reunião do primeiro congresso da nova Internacional revolucionária. Durante a guerra e a revolução, não somente se manifestou a completa bancarrota dos velhos partidos socialistas e socialdemocratas e com estes a da II Internacional, como também a incapacidade dos elementos centristas da velha socialdemocracia na ação revolucionária. Ao mesmo tempo se distinguem os contornos de uma verdadeira Internacional revolucionária”.


Os doze pontos elaborados pela direção da Internacional, descrevem as táticas e condutas dos partidos socialistas e comunistas que a integravam. No chamado, fica patente a necessidade da derrubada do capitalismo, que adentrava numa época de crises agudas e decomposição e que a tarefa do proletariado revolucionário era a tomada do poder pelos trabalhadores contra a burguesia decadente internacionalmente.


O 1.º Congresso da nova Internacional, se reuniu na Rússia soviética, entre os dias 2 e 6 de março de 1919 e se deu em meio à Guerra Civil que o imperialismo levava adiante contra a pátria revolucionária. No discurso de abertura do Congresso, Lenin afirmava: Por mandato do Comitê Central do Partido Comunista Russo, declaro aberto o primeiro congresso da Internacional. Antes de mais nada, lhes peço que nos levantemos para honrar a memória dos melhores representantes da III Internacional: Karl Liebcknecht e Rosa Luxemburgo”. Esses dois gigantes do proletariado haviam sido assassinados recentemente pela socialdemocracia alemã. Os bolcheviques, sobretudo Lenin e Trotsky, sabiam muito bem que sem a expansão da revolução proletária pelos principais países da Europa, a revolução poderia ser estrangulada pelas forças do capital imperialista, pois a Rússia soviética continuaria isolada em meio ao mar capitalista.


Segundo retrospecto de Lenin no 3.º Congresso da Internacional: “Compreendíamos perfeitamente que a vitória da revolução era impossível [em nosso país] sem o apoio da revolução internacional e mundial. Tanto antes como depois da revolução, pensávamos: ou a revolução acontece, se não imediatamente, pelo menos muito em breve nos outros países mais desenvolvidos do ponto de vista capitalista, ou então estaremos condenados a perecer”.


Dessa forma, como bem disse Zinoviev: “Desde seu nascimento a III Internacional liga seu destino ao da Revolução Russa”.


Diferente da I Internacional de Marx e Engels, que possuía um caráter de frente única entre diversas tendências do movimento operário, como comunistas, socialistas, anarquistas, sindicalistas, etc., e da II Segunda Internacional, que era uma espécie de federação de partidos socialdemocratas e socialistas, a Terceira funcionava de acordo com os critérios do centralismo democrático, defendido por Lenin em sua concepção de partido operário. Ou seja, baseado na experiência da Revolução de Outubro de 1917 e na nova etapa da mundialização do capital imperialista, a III Internacional foi formada como um partido mundial da revolução socialista, um agente e guia internacional da derrubada do capitalismo.


Os primeiros quatro congressos da Internacional Comunista significaram um profundo avanço programático para a luta dos trabalhadores. Nestes estão inseridos a luta contra o oportunismo, o sectarismo, o ultra esquerdismo, a Frente Única, além de importantes resoluções quanto à questão da mulher, dos negros, da luta dos povos semicoloniais e coloniais, mas também do trabalho dos comunistas nos sindicatos e nas fábricas.


Na resolução sobre a tática, por exemplo, votada no Terceiro Congresso em junho de 1921, se percebe uma atualidade irretocável: “(...) é necessário tomar cada necessidade das massas como ponto de partida da luta revolucionária, que em seu conjunto poderá constituir a corrente poderosa da revolução social. Porém, para realizar essa tarefa, os partidos comunistas devem propor as reivindicações cuja realização constituem uma necessidade imediata e urgente para a classe operária e devem defender essas reivindicações nas lutas de massas, sem se importar em saber se são compatíveis ou não à exploração agiota da classe capitalista”.
A degeneração stalinista


O período do Termidor soviético, conforme definido por Leon Trotsky no capítulo V do livro A Revolução de Traída de 1936, como “a vitória da burocracia sobre as massas”, foi cruel para a sobrevivência da Internacional Comunista. O agravamento das condições de saúde de Lenin, o isolamento do Estado operário sabotado economicamente pelo mundo capitalista, os estragos causados pela Guerra Civil, o abatimento das massas, entre outros fatores, favoreceu o avanço da burocratização do Estado operário soviético, do Partido Comunista Russo, mas também e, fundamentalmente, da Internacional.


A política reacionária do “socialismo em um só país”, que expressava o conservadorismo da casta burocrática encabeçada por Stalin, dominou a política da Internacional Comunista desde a morte de Lenin. Em 1927, a política de colaboração de classes levada adiante pela burocracia, levou à derrota da revolução chinesa: Stalin e toda a direção da Internacional burocratizada submeteu o partido comunista chinês ao nacionalismo burguês do Kuomitang, dirigido por Chiang Kai-Shek, que em seguida promoveu um massacre contra os revolucionários.


Nessa época, a burocracia rompendo com a da Frente Única, votada no IV Congresso da Internacional, passou a defender as Frentes Populares, que amarravam o proletariado às burguesias ditas “progressistas”, levando à diversas derrotas dos trabalhadores. Em seguida, nos anos de 1930, dando um giro qualitativo, a direção termidoriana entra no seu “terceiro período”, caracterizado por um ultra esquerdismo extremado, não menos nocivo que seu apoio às Frentes Populares.


Igualando a socialdemocracia ao fascismo, a “teoria” stalinista do “social-fascismo” se negava, mesmo na iminência do perigo nazista, em articular a frente única do Partido Comunista alemão com os trabalhadores socialdemocratas, facilitando dessa forma a subida de Hitler ao poder e abrindo anda mais o caminho para a Segunda Guerra Mundial, levando Trotsky a declarar morta a Internacional Comunista e a criar a IV Internacional, baseada nos quatro primeiros congressos da Terceira.


Após a Segunda Guerra Mundial Stalin, levando adiante a política de coexistência pacifica com o imperialismo, dissolveu oficialmente a III Internacional, mostrando à burguesia mundial sua disposição em ser um freio contra a revolução proletária e um dos sustentáculos da ordem burguesa.


Apesar da burocratização e traição stalinista, a III Internacional além de extremamente atual e necessária, ficará para sempre como um exemplo de combate e da necessidade da luta internacional intransigente do proletariado revolucionário contra a burguesia e o imperialismo, um verdadeiro legado de nossos heroicos camaradas que a fundaram, sobretudo os bolcheviques dirigidos por Lenin e Trotsky. Neste sentido, reivindicamos seus quatro primeiros congressos como patrimônio da classe trabalhadora mundial!
A necessidade do combate internacional contra o capitalismo


O internacionalismo proletário, ou seja, a união internacional dos trabalhadores para a sua luta política contra o capital, constitui-se num dos princípios fundamentais do socialismo cientifico. Surge mesmo, do caráter cada vez mais internacionalizado da economia capitalista e das suas forças produtivas, muito diferente da sociedade feudal ou agrária pré-capitalista, que mantinha uma estrutura fragmentada baseada em pequenos Estados, além de relações sociais e políticas estreitas, que impediam de fato o desenvolvimento das forças produtivas.


De acordo com Marx e Engels:
“Impelida pelas necessidades de mercados sempre novos, a burguesia invade todo o globo terrestre. Necessita estabelecer-se em toda parte, explorar em toda parte, criar vínculos em toda parte.” (Manifesto Comunista de 1848). Dessa forma, se o regime capitalista tende para a mundialização de suas relações de produção e se o capital desloca geograficamente e constantemente suas contradições, a luta dos trabalhadores possui em essência um caráter internacional contra a burguesia.


Podemos observar este fato empiricamente nos dias atuais, na chamada “globalização neoliberal”. Na atual fase do capitalismo, marcada pela completa desregulamentação da circulação de capitais por parte dos Estados burgueses modernos, as grandes empresas multinacionais têm deslocado constante e permanentemente seus empreendimentos pelo globo, em busca de baixos salários, condições degradantes de labor, benefícios fiscais por parte dos Estados nacionais e etc., que na prática e em última instância barateiam os custos de produção e incrementam as condições de concorrência por parte dos grandes monopólios. Mas do outro lado da moeda, põem os operários na defensiva, acirram a concorrência entre os proletários de diversos países e precarizam e degradam as condições mais básicas de sobrevivência dos trabalhadores, sobretudo nos países dependentes e semicoloniais da Ásia, África e América Latina.


Um acontecimento histórico atual, que deixa bem claro o fato de que, no capitalismo, as lutas de classes, assim como as relações de produção burguesas e as forças produtivas, ultrapassam seus limites nacionais, mesmo no terceiro mundo onde ocorrem lutas nacionalistas e anti-imperialistas. Na Venezuela, por exemplo, é possível observar de forma clara e objetiva, como as forças do capitalismo internacional atuam em conjunto para levar adiante seus interesses de pilhagem colonial entre as diversas facções da burguesia imperialista. Se não for socorrida pelo proletariado internacional, em primeiro lugar da América Latina, as massas venezuelanas terão sérias dificuldades em resistir ao criminoso assédio imperialista, articulado internacionalmente. O exemplo venezuelano possui todo um valor pedagógico para os trabalhadores: a burguesia, apesar de suas contradições, sempre que necessário e quando se trata de defender seus interesses de classe atua para si em nível internacional contra os trabalhadores e estes só podem responder de forma efetiva também na arena da luta de classes internacional.


Essa rotatividade internacional do capital está diretamente conectada à fase imperialista da economia mundial burguesa, onde predomina a exportação de capital em detrimento à de mercadorias. Como nos diz Lenin: “O que caracteriza o antigo capitalismo, onde reinava a livre concorrência, era a exportação de mercadorias. O que caracteriza o capitalismo atual, onde reinam os monopólios, é a exportação de capitais.” (Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo).


Assim sendo, a burguesia, apesar das profundas contradições em seu interior, utiliza como escudo contra a luta nacional dos trabalhadores, a internacionalização das forças produtivas e o deslocamento de suas contradições no interior dos Estados nacionais para a arena da economia mundial. Dessa forma, a luta dos trabalhadores para ter êxito contra o capital necessita ser internacional. Como diz o filósofo trotskista George Novack, citado no livro de Alicia Sagra, História das Internacionais Socialistas, editora Sunderman, de 2005:
“O internacionalismo não é um dogma, nem um sonho, nem uma ideia sentimental, impossível de realizar. Para os materialistas, o internacionalismo é o reconhecimento e a compreensão da realidade e das necessidades da civilização contemporânea. Estas bases materiais sociais da economia mundial constituem os verdadeiros fundamentos do internacionalismo marxista.”.


A atual e profunda crise orgânica pelo qual passa a sociedade burguesa em todo o mundo exige uma resposta também mundializada dos trabalhadores. O grande capital imperialista tem implementado, na prática, uma ofensiva histórica contra o proletariado em todos os países. Em nível mundial, a burguesia tem estabelecido um novo padrão de acumulação, baseado num rebaixamento internacional acentuado do padrão de vida das massas e na espoliação selvagem de sua existência. A lógica disso é que, o capital tem conseguido nivelar relativamente e por baixo, a taxa de exploração internacional dos trabalhadores.


Este processo contrarrevolucionário se acentuou sobremaneira, com a restauração capitalista na União Soviética e na China, resultando numa ofensiva brutal tanto econômica e política, como ideológica, contra o operariado de todos os países.


No entanto, todos os mecanismos de contenção da resistência operária, estão absolutamente comprometidos devido ao aprofundamento irreversível da crise global e universalizante, que atinge o regime burguês em seu conjunto. O regime de acumulação neoliberal colocado em marcha após a derrocada das políticas econômicas keynesianas, está falido e esgotado, sendo vetor de profundas e constantes instabilidades no coração da ordem burguesa.


Com a completa mundialização das forças produtivas do capital, esgota-se assim suas possibilidades de expansão, restando ao capital lançar mão de suas forças destrutivas contra a própria humanidade. Mas por outro lado, as condições materiais para a emancipação dos trabalhadores e do conjunto da humanidade estão dadas.


Se os trabalhadores vivem uma crise de direção revolucionária, devemos afirmar com base na realidade objetiva que a burguesia vive crise pior. Toda a superestrutura da sociedade burguesa está contaminada pela profunda crise orgânica do regime capitalista, diminuindo decisivamente as condições das classes dirigentes deslocarem suas contradições profundas e insolúveis, como lançavam mão num passado distante.


O proletariado tem a vantagem de se encontrar do lado certo da maré histórica. Como toda a história tem mostrado, os períodos que antecederam os grandes embates das lutas de classes, foram precedidos por épocas contrarrevolucionárias. Depois do desgaste dos principais mecanismos de contenção burgueses, o próximo período será o do ascenso operário, que necessita urgentemente superar a crise de direção.

Batalhar pela criação dos partidos revolucionários em cada país é tarefa de suma importância para o proletariado em seu embate de vida ou morte contra a burguesia no terreno nacional, mas não basta: a atual época histórica cobra mais do que em qualquer outro período, a criação do partido mundial da revolução, arma decisiva para o proletariado em sua luta pela derrubada do capitalismo internacionalmente.


Como o grande revolucionário russo Leon Trotsky nos ensinou em suas teses publicadas no Epílogo da edição de Sunderman de 2012, de A Revolução Permanente (de 1930):
“A revolução socialista não pode ser concluída nos marcos nacionais. Uma das principais causas da crise da sociedade burguesa reside no fato de que as forças produtivas por ela engendradas tendem a ultrapassar os limites do Estado nacional. Daí as guerras imperialistas de um lado, e a utopia dos estados Unidos burgueses da Europa do outro. A revolução socialista começa no terreno nacional, desenvolve-se na arena internacional e termina na arena mundial. Por isso mesmo, a revolução socialista se converte em revolução permanente, no sentido novo e mais amplo do termo: só termina com o triunfo definitivo da nova sociedade em todo o nosso planeta.”.


Diante da enfermidade de morte que atinge cronicamente a sociedade burguesa senil, que nada tem mais a oferecer à humanidade, a não ser desemprego, fome, guerras e destruição, se faz cada vez mais atual o chamado dos dois gigantes do proletariado internacional Marx e Engels, no Manifesto Comunista: “ Trabalhadores de todos os países, uni-vos!”.


ROBERTO BERGOCI - SP
texto publicado originalmente no jornal
GAZETA REVOLUCIONÁRIA
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

AVANÇA A CRISE DO IMPERIALISMO NO ORIENTE MÉDIO E NO MUNDO * Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB

 AVANÇA A CRISE DO IMPERIALISMO NO ORIENTE MÉDIO E NO MUNDO

Texto: Roberto Bergoci/SP
Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB


*A crise do colonialismo imperialista

O aprofundamento da limpeza étnica, traduzida em genocídio, cometida pelo Estado sionista de Israel se radicaliza. Desde o dia 08 de outubro as forças militares sionistas tem atacado indiscriminadamente a Faixa de Gaza tendo como alvo principais hospitais e a infraestrutura da região. Bombardeios intensos atingiram covardemente comboios de palestinos que se deslocavam de suas regiões sob ordens dos próprios militares israelenses. Num dos ataques mais criminosos e repugnantes, as forças militares do sionismo atingiram um hospital batista, matando mais de 500 pessoas, grande quantidade de mulheres, crianças e idosos.

Até o momento, segundo dados da ONU, quase 10 mil palestinos já foram brutalmente assassinados pelas bombas de Israel, destes, mais da metade estão entre mulheres e crianças. Tal fato, se somarmos as mulheres grávidas que não terão condições de terem um parto seguro e minimamente viável, além do bloqueio que o governo fascista israelense impôs em relação a ítens básicos de caráter humanitário como comida, água, medicamentos e insumos hospitalares; combustível, internet, etc., significa uma forma de ampliação do genocídio sistemático cometido por Israel, que impossibilita de forma deliberada as condições de reprodução do povo palestino, expressão macabra de mais um novo episódio da limpeza étnica que se mistura ao genocídio de um povo. Dessa forma, os sionistas calculam ocupar por completo a Faixa de Gaza e ampliar seu domínio sobre o que resta de território palestino, uma necessidade imperiosa para o caráter da colonização expansionista do sionismo.

*Esmagar o sionismo na Palestina, no oriente médio e no mundo!

A imprensa mercenária mundial da burguesia são mais do que cúmplices dessa barbárie; na verdade, a grande mídia capitalista é um agente direto da política colonialista e genocida de Israel e dos Estados Unidos. O papel cumprido pelos escribas de aluguel da burguesia, é de promoverem e acentuarem a propaganda de guerra, promover um clima psicológico adequado a ofensiva destrutiva do sionismo com as bençãos do imperialismo ianque e demais países imperialistas europeus. A imprensa burguesa é o elemento por excelência da guerra psicológica e agentes diretos da barbárie.

*Fortalecer a ofensiva internacional dos povos contra Israel e o imperialismo estadunidense!

O ataque que o Hamas levou adiante dentro das próprias fortalezas da pátria sionista, foi um dos mais ousados atos cometidos pela resistência palestina desde 1948. Tal iniciativa da resistência palestina provocou uma grave crise, não só no interior do governo fascista de Benjamín Netanyahu, mas também internacionalmente, promovendo um abalo em toda a geopolítica mundial.

A questão Palestina, tão desprezada nos últimos anos voltou à tona. O regime do Apartheid israelense passa pela mais grave crise em sua história e Israel encontra-se completamente desmoralizado e desmascarado internacionalmente. Organismos do imperialismo como a ONU, entraram em completa falência e as burguesias europeias, estadunidense e árabes, estão sendo pressionadas por seus povos a romperem relações econômicas e diplomáticas com Israel.

*Fortalecer a resistência Militar e civil contra o terrorismo de Israel!

Grandes mobilizações tomam conta da Europa, Estados Unidos e Ásia Ocidental. Na América latina, os povos também começam a sair às ruas contra a barbárie sionista e exigem de seus governos, o total rompimento com Israel.

A resistência palestina impôs dessa forma, duro revés não somente a Israel, mas também ao imperialismo, que enfrenta fortes mobilizações no interior da pátria ianque. A conjugação do avanço da crise geral do capitalismo mundial, do genocídio cometido por Israel e sua consequente desmoralização mundial, somado ao crescimento da mobilização popular, pode significar profundos abalos na geopolítica imperialista, que está neste momento, sofrendo humilhante derrota na Ucrânia. Estamos na iminência do recrudescimento geral das lutas dos povos em todo o mundo.

*Viva a resistência militar palestina!

Nestas condições, é preciso o fortalecimento de vanguardas revolucionárias que saibam se inserir no movimento de massas e canalizá-los para a via da revolução socialista, que destrua o Estado burguês e implemente as bases de uma economia planificada internacionalmente.

A resistência heróica do povo palestino é hoje, a grande expressão e maior epicentro da luta mundial da classe operária e das massas populares contra o imperialismo e o capitalismo em crise estrutural. Uma derrota contundente dos genocidas sionistas será um duro golpe nono imperialismo. Portanto, defender a resistência palestina, armada e civil/popular, é defender a luta mundial contra o imperialismo e o regime capitalista mundial.

Para tanto, é solidariedade militante ao Hamas e as demais forças da resistência palestina que combatem o Estado sionista. É preciso unificar as forças dos grupos armados árabes, sobretudo o Hezbollah, Hamas, etc., contra as forças militares covardes do sionismo; também, é necessário a combinação de um levante generalizado dos povos árabes, junto de uma forte mobilização dos trabalhadores em todo o mundo, contra o Estado fascista e genocida de Israel.

No Brasil, crescem os atos de rua em apoio ao povo palestino. Mas é preciso que seja articulado em nosso país, uma forte campanha militante e de massas contra Israel. É necessário a coordenação de um tal movimento em âmbito nacional.

Exigimos da parte do presidente Lula a completa ruptura econômica e diplomática com Israel e que seu embaixador e consulares sejam expulsos do Brasil.

*Solidariedade militante ao Hamas e demais grupos da resistência!

Também defendemos o imediato cessar fogo por parte de Israel, sabendo que não basta para a resolução dos interesses imediatos e históricos do povo palestino, pilhados e assassinados de forma contínua desde a criação artificial do Estado sionista e racista colonial. Dessa forma, defendemos a retomada de um Estado palestino laico e democrático, com total restauração das fronteiras e direito efetivo do povo originário às suas terras no espaço geográfico anterior a 1948. As demandas históricas do povo palestino somente podem vir a luz e tornar-se realidade concreta, com o fim do Estado supremacista, colonial, racista e de Apartheid, que é Israel, sustentado pelo imperialismo estadunidense e europeu, por se tratar de um enclave geopolítico na região estratégica, devido suas fontes energéticas e localização geográfica.

*Abaixo o Estado fascista e genocida de Israel!

A proposta sionista-imperialista dos dois Estados definitivamente ruiu desde o fracassado Acordo de Oslo. O progressivo avanço dos assentamentos judaicos na região da Cisjordânia, o recrudescimento da política racista e supremacista oficial por parte de Israel, são exemplos do caráter expansionista do próprio modo capitalista de ser e estrutura do Estado sionista. Somente a luta dos trabalhadores do mundo e dos povos árabes em particular, podem impor uma derrota histórica e inviabilizar o projeto imperialista que é o sionismo.

Por uma campanha mundial de solidariedade dos povos em defesa do povo palestino!